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Por Que Deus Permite que Coisas Más Aconteçam a Pessoas Boas

Nossa estadia na Terra inclui experiências desagradáveis como doenças, solidão, acidentes, calamidades, injustiça e morte. A vida nem sempre parecerá “justa”. A maioria de nós já perguntou num ou outro momento por que Deus permite que aconteçam coisas más a pessoas inocentes.

É o evangelho que nos ajuda a compreender a necessidade da oposição. Se compreendermos o plano de salvação e encararmos nossas experiências com uma perspetiva eterna, compreenderemos e aceitaremos as lições da mortalidade como necessárias para o crescimento espiritual. Reconhecemos que somos abençoados com o arbítrio de escolher como reagir a essas lições.

 

Em 1995, o Élder Spencer W. Kimball, na época membro do Quórum dos Doze Apóstolos, respondeu a essa pergunta num discurso intitulado “Tragédia ou Destino?” O Élder Kimball enumerou diversas tragédias e depois fez as seguintes perguntas: “Será que foi o Senhor que pilotou o avião de encontro à montanha para pôr fim à vida dos passageiros ou houve defeitos mecânicos ou falhas humanas? Será que foi o Pai Celestial que causou o choque em cadeia de vários carros que levou seis pessoas para a eternidade ou foi culpa do condutor que ignorou as normas de segurança? Será que foi Deus que tirou a vida da jovem mãe, atirou a criança no canal e conduziu a outra criança para a frente do carro? Será que foi o Senhor que levou o homem a sofrer um ataque de coração? A morte do missionário teria sido prematura?” (Faith Precedes the Miracle [1972], p. 96)

Então, ele continuou: “Respondam, se puderem. Eu não posso, pois embora eu saiba que Deus desempenha um papel primordial em nossa vida, não sei até que ponto ele provoca ações ou meramente as permite. Ainda que eu desconheça a resposta para essa pergunta, há outra indagação da qual tenho certeza. O Senhor poderia ter evitado essas tragédias? A resposta é afirmativa. Ele é onipotente, com todo poder para controlar nossa vida, livrar-nos de dores, evitar todos os acidentes, conduzir em segurança todos os aviões e carros, alimentar-nos, proteger-nos, poupar-nos de trabalho penoso, esforços, doenças e mesmo a morte, se Ele assim desejar.

Entretanto, não o faz. ( . . . ) A lei básica do evangelho é ( . . . ) o arbítrio e o progresso eterno. Se Ele nos forçasse a ser cuidadosos ou dignos, anularia essa lei fundamental e impossibilitaria o crescimento. ( . . . ) Se considerássemos a vida mortal a totalidade da existência, as dores, fracassos e morte precoce seriam uma calamidade. Mas se encararmos a vida como algo que começou há muito no passado pré-mortal e vai prolongar-se por toda a eternidade, então todas as coisas que nos acontecerem poderão ser compreendidas com a perspetiva correta.

Assim, não seria sábio que Ele nos desse provações para superarmos, responsabilidades para desempenharmos, trabalho para fortificar nossos músculos, tribulações para provar nossa alma? Não deveríamos ser expostos às tentações para testar nossa força, às enfermidades para aprendermos paciência, à morte para sermos imortalizados e glorificados?

Se todos os doentes por quem orássemos fossem curados, se todos os justos fossem protegidos e os iníquos exterminados, todo o programa do Pai seria anulado e os princípios básicos do evangelho, (...) como o arbítrio, seriam destruídos. Ninguém precisaria viver pela fé.
Se a alegria, a paz e as bênçãos fossem concedidas instantaneamente a quem fizesse o bem, não haveria o mal — todos fariam o bem, mas não pelo motivo correto. Nossa força não seria provada, não desenvolveríamos o caráter, nosso poder não cresceria, (...) não haveria arbítrio, apenas controle satânico.

Caso todas as orações fossem respondidas imediatamente de acordo com nossos desejos egoístas e compreensão limitada, haveria pouco ou nenhum sofrimento, tristeza, deceção ou mesmo morte. E se isso não existisse, tampouco haveria alegria, sucesso, ressurreição, vida eterna nem deidade.” (Faith Precedes the Miracle, pp. 96–97)

É verdade que algumas pessoas culpam o Pai Celestial por não evitar que coisas ruins sobrevenham a nós e nossos entes queridos. Algumas até se tornam amargas. Mas depois que atravessarmos os portais da morte e virmos tudo com a perspetiva eterna, certamente O louvaremos por Sua misericórdia, amor e sabedoria por permitir precisamente aquelas experiências, cujo propósito foi ajudar-nos a atingir nosso potencial eterno e tornar-nos como Ele é.

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