Cidade do Lago Salgado, 12 de Fevereiro - A Igreja de Jesus Cristo
dos Santos dos Últimos Dias está a lançar um programa ambicioso de
disponibilização de mais de 600 kits de alojamento para os membros
da Igreja no Haiti, antes de chegada da estação das chuvas,
prevista para o mês de Abril. Cada kit inclui madeira (painéis e
vigas), chapas de zinco ondulado (para o tecto), cimento e
ferragens especiais, resistentes a furacões. O objectivo é fazer
com que as famílias possam voltar a habitar os locais onde viviam
antes do terramoto, limpando o entulho e destroços através de
projectos de serviço organizados. Assim que os terrenos estiverem
limpos, tendas e abrigos temporários serão montados. Este é um
processo no qual a Igreja se empenha seriamente para poder
restaurar a normalidade e a promover a auto-suficiência. “O
princípio do bem-estar deve surgir naturalmente, quando ajudamos os
outros a ajudarem-se a si mesmos” afirmou Berthony Theodore, um
experimentado líder local da Igreja no Haiti. Os assistentes do
programa de bem-estar da Igreja têm ajudado os lideres locais da
Igreja no estabelecimento de stock e de bens de primeira
necessidade, como feijões, arroz e leite. Os pedidos são feitos
através da liderança local. As entregas destes bens são feitas em
nove capelas da Igreja, que têm vindo a ser usadas como abrigos
para os deslocados do terramoto. AS CAPELAS DA IGREJA SUD NO
HAITI: LOCAIS DE SEGURANÇA E PAZ Centenas de famílias continuam
a buscar abrigo nas nove capelas da Igreja à volta de
Port-au-Prince, quatro semanas após o abalo. As capelas passaram a
ser conhecidas como portos seguros, de paz e tranquilidade para os
que nelas se alojam. A Igreja providenciou mais de 1.500 tendas
para os que perderam as suas casas e muitas dessas pessoas agora
vivem à volta das capelas. “Um vizinho contou-me sobre este lugar e
convidou-me a vir com ele”, disse Cazy Lenlingy, de 16 anos de
idade. “Sou muito feliz por estar aqui. Todos têm sido gentis e
têm-me tratado bem, graças a Deus”.
Pessoas abrigados nas propriedades da Igreja, no Haiti
Mais de 7 mil pessoas abrigaram-se nas capelas e edifícios da
Igreja e mais de dois terços deste número não são sequer membros.
AJUDA MÉDICA A Igreja apoiou várias equipas de médicos a
administrarem os cuidados de saúde necessários para as muitas
pessoas feridas no terramoto. “Eu não consegui ficar sentado no meu
sofá a observar o que estava a acontecer, como se isso fosse tudo o
que eu pudesse fazer”, disse o Dr. John Matheson de Kennewick,
Washington, numa voz embargada pela emoção. Médicos voluntários dos
Estados Unidos trabalharam lado a lado com o pediatra haitiano
Gislaine St. Louis, um membro da Igreja. “Depois do terramoto,
fechei a minha clínica privado e devotei o meu tempo a ajudar as
crianças nestas áreas”, afirmou o Dr St. Louis. “Eu amo as crianças
e quero que tudo de bom lhes aconteça”. Quando o Dr St. Louis e os
seus colegas médicos começaram a visitar os feridos nas várias
capelas da Igreja, essa informação começou a ser passada oralmente
por toda a comunidade e dúzias de pacientes começaram a apinhar-se
para serem socorridos e ajudados. Os médicos asseguraram-se que as
feridas que tinham sido tratadas logo a seguir ao terramoto estavam
a curar bem e que estavam livres de infecções que podem vir a ser
fatais.
Médicos socorrendo os feridos, numa capela da Igreja
“O que me tocou mais profundamente é ter vistos as pessoas a
congregarem-se à volta da Igreja e ver como a Igreja rapidamente se
organizou após o desastre e começou a ajudar as pessoas”, disse o
Dr. St. Louis. Mesmo no meio do caos, floresce a esperança. Os
médicos disseram que no próprio dia em que chegaram tiveram logo a
sua primeira emergência. “Notei que uma mulher estava a respirar
profundamente e que estava a ter contracções”, afirmou o Dr. Rodney
Anderson, de Vernal, Utah. Se alguém percebe de bebés é Rodney
Anderson. Ao longo da sua carreira ajudou a dar à luz a mais de 4
mil bebés. “Eu esperava ter que ajudar em partos, enquanto
estivesse por lá. Só não pensei que fosse tão cedo”, disse. O Dr.
Rodney e outros dois médicos colocaram a mulher sobre uma mesa de
pingue-pongue e realizaram o parto de um franzino mas saudável
rapaz. A mãe da criança, Noiselia, disse que ela e os seus quatro
filhos entraram em pânico com o terramoto e que correram pelas ruas
sem que ninguém lhes pudesse valer. “Não somos membros desta
Igreja”, afirmou. Ela viu outras pessoas a dirigirem-se para uma
capela SUD e decidiu segui-las. “Quando aqui cheguei ficou muito
feliz por causa da segurança que sinto neste local”, recorda. “Sou
muito grata pelas pessoas que nos receberam aqui e por todos os que
estão a realizar este grande trabalho”. PLANOS FUTUROS
Equipas locais de ajuda no terreno, em Port-au-Prince, continuam a
avaliar a situação e a coordenar o socorro e a ajuda com outras
organizações não governamentais e agências oficiais. Enquanto se
faz esta avaliação, acredita-se que os próximos passos serão o de
apoiar esforços de assistência a desempregados, continuar a
construção de abrigos e refúgios temporários e aumentar o trabalho
de ajuda em cooperação com outras entidades presentes no Haiti.
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